De fato acredito na natureza do homem como ser de cuidado. Porém a indução de crenças pela cultura deforma essa natureza e anestesia as reflexões. Nossos movimentos, escolhas
e ações se tornam óbvios e mecânicos. Nesse estado de normoze nos distanciamos da nossa natureza essencial, simples, amorosa e serena. Se vivemos um estilo de vida fatigante, onde não há espaço para práticas meditativas, respiração, boa qualidade de sono e boa alimentação. Limitamos a energia do corpo, que no lugar de operar como regenerativa e revitalizante, se torna fatigada, o corpo sofre com os constantes ataques causados por toda sorte de intoxicação e esse conjunto interrompe nossa capacidade de reflexão e escolha. Daí o mais fácil passa parecer o melhor, escolher o pronto, o que tem, o que encontro, o que compro se torna o mais importante. E aquilo que é precioso, a capacidade de fazer escolhas, de criar a partir das reais necessidades do meu corpo, da minha mente mais sossegada, fatores altamente promotores da saúde se perde.
Finalmente tudo que consumimos, que colocamos no nosso altar sagrado, o corpo, tem informação. Tudo daquilo que é feito o cosmético, o alimento, o vestuário e o lazer que escolhemos é impregnado das energias que os criaram. Quando nos apropriamos disso, nos tornamos parte de toda essa cadeia energética e somos então parte criativa dessa força, seja ela qual for. Se nossos hábitos são promotores de benefícios para seres e ambientes sadios, de paz e abundância, irradiamos essa força para o cosmos e em algum nível escolhemos naquele pequeno ou grande ato o mundo que queremos semear. Quando as nossas escolhas imprimem sofrimento, degradação e miséria, igualmente irradiamos força criativa do mundo que queremos. O fato é que, inevitavelmente, em algum nível essas energias se tornam parte do nosso ser, impregnando de informação nossos corpos físico, energético, emocional e nossas relações com a conexão com a Vida na Terra e o Todo.
Muito distante ainda da perfeição que nos está destinada, sabemos que sempre em algum nível “himsa” (violência) irá acontecer, quer seja porque compramos um carro, ou andamos de onibus, ou abastecemos um veículo, ou compramos eletrônicos para nossas atividades, sempre em algum lugar, em maior ou menor escala “himsa” irá acontecer, como nos ensina Gandhi. Algumas não podem ser evitadas, todas as outras devem ser evitadas. Na vida moderna, há uma himsa explicita nos nossos hábitos, mas que pode ser evitada promovendo benefícios e méritos para todos nós. Evitar o sofrimento como ensinam todos os grandes mestres é nos aproximar de nós mesmos, se você é um praticante de Yoga, há que refletir profundamente sobre essa ideia. Pois quando assumimos o compromisso de cuidar das nossas escolhas de consumo escolhemos não alimentar a fonte do sofrimento que vivemos. E aí podemos pensar nos nossos hábitos de vida mais cotidianos, aquilo que vestimos, que calçamos, o cosmético que usamos, o lazer que praticamos e finalmente o alimento que consumimos.
A ideia da informação presente nos alimentos não é coisa moderna, tampouco estamos inventando, a física quantica já ensina, os Florais de Bach e os oleos essenciais são exemplos de terapias que promovem cura atraves das informações contidas em seus elementos. Para muitos de nós praticantes da Alimentação Viva, o consumo das informações contidas nos alimentos, especialmente nas sementes em fase de germinação e brotação, é parte do encantamento que nos motiva e reforça a Beleza do caminho de um estilo de vida com mais serenidade no dia a dia.
Muito bem, chegamos então na ideia de uma nova Ética Alimentar! Quanto mais cuidadosos e amorosos formos nas nossas escolhas alimentares, saudando a graça de abençoar o corpo com saúde e vida a cada refeição, mais e mais fortalecemos nossa atitude em “ahimsa” (não violência) e todos os benefícios se manifestarão em forma de melhora da saúde como um todo, de bem estar, de clareza mental, de maior tolerância, capacidade de perdoar, de viver em harmonia e generosidade. Podemos recordar aqui a possibilidade de oferecer “sorrisos fáceis” para toda a gente!
Sem que nos preocupemos se o outro vai sorrir de volta ou não.
Como vocês sabem, praticamente todos os nossos post são motivados por conversas com leitores, participantes dos cursos ou observações da vida (urbana ou natural), mas hoje especialmente esse post foi inspirado por uma reflexão que coloquei ontem na aula de Leites, quando recordamos a natureza da composição desse alimento. Longe do mito de ser fonte de calcio, fortificante para os ossos, o leitinho das vaquinhas de hoje em dia é impregnado de sangue e pus, venenos, hormonios femininos, antibióticos, sofrimento, tristeza e dor de seres maravilhosos que vivem uma vida de confinamento e exploração. Apartadas de seus filhos, que morrem jovens para entre outras finalidades, dar consistencia ao queijinho inocente que muitas vezes consumimos como um alimento “vegetariano”, essas femeas vivem cerca de 5 a 9 anos (pelos dados que encontrei), quando poderiam viver 25 anos em serenidade. Vacas e seus filhos, os bezerros, assim como as cabras e ovelhas são seres amorosos que tem coração, rins, pulmões, olhos, cerébro,… uma composição física interna como a nossa. O que nos leva a crer que não sofreriam?
A cultura nos motiva a crer num conjunto de crenças que fortalace e promove o status quo “é assim que é”. Não, nem mesmo os praticantes mais arraigados em suas crenças podem deixar de refletir sobre o fato de que a vaquinha que Khrishna pastorou não é a de hoje em dia. Não é natural nos alimentarmos de leite após os 4 anos de idade. Não é razoável nos alimentarmos de leites de seres de outras espécie. A mãe de leite, da época de muitos de nós, era uma pessoa amada, uma segunda mãe, por tínhamos respeito e gratidão, pois dela vinha a vida que nos alimentava, onde está o respeito por essa amorosa criatura que não foi perguntada se deseja servir a industria em troda de tortura, adoecimento e morte? E onde está o respeito que exigimos dos nossos filhos? Onde eles vão buscar exemplos? No Todinho? Aprendemos com os alimentos da cultura de vida ou não. Mil palavras não falam mais que um exemplo.
Krishnamurti, no seu livro Fisiologia da Alma, nos ensina que os animais que consumimos se vigam dentro de nós, com toda sorte de energia de medo, violência e dor, que impregnam seus corpos no momento do abate e que são assimilados por nossos corpos comprometendo todo nosso entendimento, saúde e visão de mundo.
Cuidar para não causar sofrimento é parte da nossa libertação individual, no sentido de uma evolução espiritual restauradora da natureza de SER DE CUIDADO que somos!
Tirei esse texto do site www.veganos.org. Lá tem várias informações sobre um estilo de vida que valoriza a vida e "promove a paz" através da promoção do NÃO consumo de crueldade animal. Sugiro que olhe tudo isso como um caminho educativo para uma cultura de paz para TODOS os seres.
A EDUCAÇÃO É A BASE DE UMA SOCIEDADE. É URGENTE NOS RE-EDUCARMOS PARA MUDARMOS A REALIDADE QUE CRIAMOS ATRAVÉS DOS NOSSOS HÁBITOS DE VIDA QUOTIDIANOS.
“ O Leite
As vacas são obrigadas e consumirem hormônios todos os dias, a fim de produzirem mais leite e vivem confinadas em pequenas espaços, apenas vivendo para produzir mais e enriquecer os capitalistas industriais. Sofrem a separação dos filhos e podem sofrer ainda mais ao ver ou ouvir a morte dos mesmos. Sofrem com problemas nas tetas e quando envelhecem vão para o matadouros para a terrível hora do abate. Não seja conivente com esta exploração e matança. Um animal não pode ser tratado como uma máquina de consumo. Boicote Leite e seus derivados.Queijos
A maioria das pessoas, ao iniciar uma alimentação lacto-vegetariana, aumenta seu consumo de laticínios e derivados.
É surpreendente ficar sabendo quantos vegetarianos não se dão conta de que o coalho utilizado para fermentar o queijo é obtido do estômago de um bezerro recém-abatido. Esses queijos não são lacto-vegetarianos e seu consumo continua promovendo a matança dos vitelos. Este é um dos objetivos deste site: esclarecer e divulgar estas contradições. Quase a totalidade dos queijos produzidos no Brasil tem em sua composição o coalho animal, substância retirada do estômago de bezerros e bovinos adultos após seu abate. No Brasil, não encontra no comércio queijo (de leite) que não seja proveniente de coalho animal. Você pode encontrar em lojas especializadas queijos feitos de soja (de sabor diferente do Tofu) e o Catupiry de Soja (Catupisoy) delicioso para pizzas. Comer dos queijos tradicionais é patrocinar a tortura e a matança animal. Pense nisso!”
Na Culinária Viva recriamos a impressão de que estamos nos alimentando desses alimentos cujo afeto “amamos”, atendendo a nossa MEMÓRIA AFETIVA, aquilo a que os alimentos nos remetem, para que possamos transitar gradativamente para uma cultura mais luminosa, onde quem sabe nem precisemos mais da forma.
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Os leites vegetais vivos são saborosos, altamente nutritivos, facilmente assimiláveis pelo corpo e Nos nossos cursos apresentamos LEITES E QUEIJOS VEGETAIS deliciosos, realmente nutritivos e desitoxicantes que atendem especialmente as pessoas alérgicas a substâncias contidas nos leites de origem animal.
Na foto, um queijo vegetal, vivo, preparado com sementes germinadas e temperados com ervas frescas. Promotor da saúde e da vida como um todo.
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Com gratidão, paz e luz!
Juliana Malhardes
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