Amornando o inverno

Pois é, galerinha viva, maior “friaca” nesse “tenebroso” inverno tropical, não é mesmo? Vira e volta me pego pensando sobre o que vocês, meus companheiros de caminhada nesse estilo de vida, estão inventando na cruzinha para escapar “com VIDA”, literalmente, das infinitas tentações do “frio sombrio” que germinam nas nossas mentes...rs

Bem, eu ando esquentando TUDO, até mingau de “açaí” quentinho com manga e canela já rolou! Pensei! Kkkkk Ontem eu dei até risada, porque cá entre nós, não é mole comer saladinha fria anoite com esse clima de inverno, não é mesmo? Vou contar...rs

A gente até reclama do frio, especialmente os "bicho de praia" de onde eu vivo....rs, mas o inverno também tem vantagens sublimes para a cruzinha viva!

Uma delas é, sem dúvida, a presença permanente do meu amor de fruta nessa vida! O nome dele? (Muitos de vocês já conhecem essa conversa, né? Mas pra quem não leu ou não me ouviu suspirar de amores nas aulas, devo revelar)  ABACATE CASCA DURA que é também conhecido como ABACATE MANTEIGA! O “THE BEST” do pomar dos avocados!

Bem, pra mim ele é um presente que volta todo ano pro meu aniversário! Chega em julho, porque é coisa fina, fruta de “época”, dessas que não estão rendidas a transgenia ou qualquer outra “bruxaria” que obrigue as árvores a frutificar fora do seu momento! Característica que só faz aumentar meu vivo encantamento por esse precioso ser! Rs...

Bem, voltando a risada... Cá estava eu, em casa, “solita” com os acabates (e os gatos, naturalmente), quando bateu aqueeeeela fominha, que tem sabor de coisa rapidiiiiinha...rs Tipo bem simples!

Eu tinha feito a feira de abacate no Extra daqui de Piratininga (único lugar que seguramente encontro meu querido abacate sempre) e a cruzinha tava bombando de abacate! Colhi da fruteira um beeeeem maduriiiiinho, lindo! E pensei... só fatias com sal e limão e pronto, com isso já estou feliz. Pensando melhor não, não, metade de um abacate, picadinho, com um tomate inteiro, tudo bem picadinho em cristaizinhos, é isso!

Mas eu queria folhas, tipo uma salada, mas com o frio que preguiça que me dá...rs Bem... Pelo sim pelo não, decidi picar bem fininhas 3 folhinhas de alface e uma de rúcula fresquíssimas! Deixei do lado pra ver o que podia sair...

Adoro esse clima de “orquestra gastronômica”, sabe? É um tom daqui, um toque dali e a sintonia vai se afinando intuitivamente! Então ouça o que te digo,  confia na tua intuição. Um cadinho de receita até que é bom, mas intuição com boa germinação é tudo!

E assim saí fazendo arte! E daí, o que mais? Amornar, claro! Mas puro? Não, puro não, com semente germinada! Quem estaria germinando no berçário? Castanha do Pará! Prontinha e descascada!

Hummnnn... que beleza – prático toda vida! Lá foram elas, meia dúzia, no processador até virar tipo uma farinha grossa! Claro, levou um salzinho...rs hummnnn... Pronto! Com a semente germinada a “nova comida” ganhou aspecto de “sustância”...

E depois? Misturei tudo! Eis que me chamou a Pimentinha Caiena querida! Yessssssss, pois especialmente no frio ela é sempre muito bem vinda.

Pra melhorar, acabo de adquirir um lindo “mini-fogãozinho” a GÁS! Kkkk.... Depois de meeeeeses com o nosso querido aquecer elétrico pirando nos choques, o fogãozinho dos amornados voltou com forninho e tudo! Um luxo de simplicidade.

Agora nem vou mais precisar dar aula de desidratação fazendo mimica, viu galerinha?! Cabou essa palhaçaria da “tia Ju”...rs Não vai ter mais brincadeira de “aeromoça”, porque agora temos fogãozinho com forno!

E que chegou assim, como coisa que Deus manda, despretensiosamente. Uma vizinha ganhou e me ofereceu pra comprar? ADOREI, uma aquisição bem sustentável e em conta, naturalmente!
Bem, mas voltemos a nova comidinha! Estava quase acendendo o foguinho amigo quando lembrei  dos “COGUMELOS PORTUBELOOOOOOOOO”, claaaaaaaaaaaro! Tinha acabado de colher pessoalmente (risos) na geladeira do hortifruit!

Dizem minhas amigas, “cruzinheiras chiques”, que a melhor forma de “limpar” esses “cogus” é com um paninho úmido, pois não seria de bom tom encharcar com água, lavando! E na prática, eu assino em baixo, o paninho ajuda, tirando aquela “terrinha” e os cogumelos se mantém fica tenros, suuuuuper delicinha! J

Depois de limpar, cortei os “cogus” em fatias finas, tipo champinhon, que a gente costumava comprar em conserva antigamente? Pois é, daquele padrão de corte. Depois marinei apertando entre as mãos os “meninos” embebidos em Shoyo Hattori, que aqui em Niterói compro no Armazém Girassol em Piratininga (Shopping Town Center), delicinha de lugar, visitem!

No comércio em geral é mais fácil encontrar o Shoyo Daimaru, que é bom e bem acessível. Ambos são sem corante, açúcar, glutamato, xarope, aromatizantes e toda a sorte de “mandingas tóxicas” usadas pra fazer o povo pensar que “gosta” do que tá comendo enquanto se envenena sem se dar conta.  

Eventualmente o Daimaru até aparece no hortifruti, mas sempre tem em lojas de produtos naturais, tipo Mundo Verde, Casas Pedro, e aqui em Nikiti City tem no Irmãos da Terra (Rua Presidente Backer – Icaraí).

Bem... Assim achei que tinha terminado meu prato amornado sem nome...rs Que ficou ainda mais difícil de batizar depois que resolvi lançar metade da saladinha ali dentro e aquecer tudo junto! Depois de morninho, acrescentei azeite, limão e acreditem ou não ficou muito boooooom! Lançar a salada no amornadinho resolve a coisa do friozinho!

Ah! Rolou um brotinho de alfafa pra enfeitar, afinal a comidinha "é daquelas" muito mais gostosas do que belas....rs 

Resumindo a receita da “nova comida”:
Ingredientes:
·         6 castanhas do Pará hidratadas por 24hs
·         1 xícara de cogumelos porto belo fatiados e marinados bem apertadinho com 4 colheres de Shoyo
·         1 punhado de folhas de alface e rúcula picadas em fatias finas
·         1 tomate picadinho em cristais
·         Pimenta Caiena “moderadamente”..rs
·         Azeite a gosto
·         Gotinhas de limão
·         Sal a gosto
Preparo:
Misture todos os ingredientes, reserve o limão e o azeite para depois de amornar.

Boa germinação!!! 

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