Antissocial, ser ou não ser?

Olá, Amig@s!

Vim trazer uma conversa a respeito de um pensamento que pode surgir quando o assunto é mudança de hábitos alimentares, especificamente numa mudança tão profunda quanto a que nos convida à dieta viva: Antissocial, ser ou não ser?

Outro dia fui visitar um restaurante para dar cursos no centro do Rio de Janeiro. Aproveitei pra almoçar por lá e na hora de fazer o pedido disse: quero a salada somente, por favor. O atendente respondeu que tinha “comida”. Então expliquei que faço uma dieta restrita e ele disse que comer tudo cru era muito “antissocial”. Ofereci meu silêncio, mas pensei: o que está por traz desse pensamento? Medo, só pode ser medo.

Vamos conversar sobre isso?

A comida está na base do nosso lazer, consumo e estilo de vida. Nos comunicamos e convivemos através do que comemos. Fazemos negócios em volta da mesa, comendo e bebendo. Transmitimos e recebemos amor através do alimento desde antes de sermos fetos, você lembra? (risos) Depois que crescemos aprendemos o churrasco com os amigos, as festividades religiosas, as receitas de família e ainda os encontros gastronômicos, não foi assim? “Vem comer um bolinho”, “passa lá em casa pra gente tomar aquele aperitivo”… De qualquer forma a gente sempre se reúne com comida e em volta da comida, né?

Então é natural pensar que mudar os alimentos pode parecer colocar em risco tooooda nossa “vida social”. Pode parecer coisa atoa, mas não é sabe por que? Porque por “afeto” negociamos nossa saúde, nossa vida e alguns de nós pode esquecer de si e deixar de lado escolhas importantes. Então aquele que parecia ser um minúsculo pensamento sem importância mostra a outra face, a influencia sobre as escolhas relacionadas a vida.

Inicialmente, por questão de saúde escolhi me afastar dos ambientes que frequentava para evitar cair nos velhos hábitos que precisavam ser deixados para traz. Também foi escolha mudar de casa para evitar a tentação da comida da família e a pressão do “você precisa comer feijão”. Esse movimento foi vital para o sucesso da minha mudança de dieta e estilo de vida! Naturalmente continuei amando e visitando minha família. Segui fazendo novas amizades e encontrei grupos vegetarianos e depois vivos que adoravam fazer comida e comer juntos. Pessoas muito dedicadas à arte de fazer uma boa comida e ganhar novos simpatizantes!

Descobri que acontecem encontros que reúnem pessoas de diferentes países. Aqui ou acolá a atmosfera geral é temperada com o preparo de comida sadia e gostosa, conversa de saúde e viver bem, dicas de consumo saudável e ético, boa música e convites para atividades ligadas à bem estar e qualidade de vida. Tem festas só de comida viva e também aquelas em que as comidas se encontram na mesma mesa.

Me encanta não dizer nada e observar silenciosamente como as pessoas se servem e perceber que a comidinha viva que levo normalmente acaba antes! E não é porque levo pouco não, eu capricho, viu? ;O) De verdade essa brincadeira anda cada vez mais difícil porque a minha presença já desperta suspeitas (risos).

Posso dizer que minha experiência tem sido bem boa. Ao longo dos anos, minha família e amigos “de antes” vem aprendendo a apreciar a comida viva e já me intimam a levar receitas favoritas para as festas especiais. Outros mais tímidos estão chegando agora, querendo experimentar e alguns já chegam pra aprender, o que me enche de alegria! Confesso que não faço tantos encontros sociais quanto gostaria por pura falta de tempo, mas não por falta de amigos! Então é isso! Antissocial é nada! Vim trazer umas fotos de comidinhas de festas pra inspirar a germinação do seu caminho vivo, pleno de sorrisos, amores e presenças vivas!

Com carinho,

Juliana

Créditos: todas as comidinhas foram preparadas pelos convidados da festa de aniversário da minha querida amiga e colega de Terrapia, Letícia. Hambúrguer Vivo da Lia Maria, Creme de Beterraba da Lelê, Torta Viva e Olhos de Sogra com o carinho do Geraldo Pereira, Almondegas… e muitas outras delícias desse encontro de amigos queridos, que rolou na Barra da Tijuca – Rio de Janeiro. Não deu pra colocar todas as fotos aqui, mas pode acreditar que tinha uma galera e muitos outros pratos doces e salgados!

Qualquer hora eu trago as fotos da festa da Gelsa, mãe da querida Jane Susie da Oficina Germinar e que comemorou em grande estilo seus 75 anos plenos de vitalidade, semana passada aqui em Niterói.

Comentários

  1. Juliana, seu blog é uma graça! Acabei aqui porque fui direcionada ao seu endereço antigo numa pesquisa relacionada a café e dor de cabeça, pois voltei para o alimento vivo desde sexta-feira e hoje eu realmente precisei tomar um café, porque a dor de cabeça foi de matar. Mas veja, eu nunca frequentei nenhum curso, nenhuma oficina, e tudo que sei sobre o alimento vivo aprendi por meio da generosidade de todos vocês, que editam livros, postam conselhos, matérias, sugestões, receitas, dicas, experiências, ensinamentos...tudo!
    Mas dei cabeçadas, joguei muita coisa fora, errei, errei de novo, desisti, voltei, errei de novo, até aprender a medida certa, a ir ao hortifruti da forma correta, a não comprar tudo e querer fazer tudo ao mesmo tempo, enfim, meu tempo, meu conhecimento, minhas limitações, minha experiência. Eu estou sozinha? NUNCA!
    Aqui em casa somente eu me alimento dessa maneira, mas não me importo mesmo, porque com o alimento vivo me sinto muito mais conectada com o mundo do que comendo alimentos cozidos, leite, ovos...
    E viva o alface no restaurante e um brinde com água e gelo delícia!
    Grande beijo e prazer conhecê-l@!!!

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  2. Olá Cricri!
    gratidão pelo carinho com o nosso blog e por sua presença preciosa aqui!

    Sabe, penso que a escolha de "vivenciar escolhas com mais reflexão" é como uma dança, vamos e voltamos e aprendemos com a natureza do corpo e seus sinais. Até que vamos tanto num sentido que já não voltamos mais. Ou quando pensamos que nunca mais voltaremos, lá estamos nós novamente! :O) Gentileza com as recaída, gratidão e compreensão são nossas grandes aliadas. Penso que devemos vigiar o hábito porque do hábito que nasce ou se desliga de um caminho e um estilo de vida, não é mesmo?

    No mais eu sempre converso com minhas flores (pessoas que me buscam para compartilhar experiencias de mudanças de hábitos alimentares): vivendo uma mudança alimentar sempre devemos estar atentos a "5 sentimentos": fome (ter sempre uma comidinha na bolsa) medo (se conhecer e percebê-lo) cansaço (porque baixa nossa energia - conheça seus ciclos de energia ao longo do dia) stress e tristeza. Observe na vida e nos filmes, somos sempre compensados como alimentos, para cada probleminha, tristeza ou dor tem uma comidinha que é a representação do carinho. E a gente se presenteia e diz até que "se permite"...rs
    E é assim que é, a dança que nos leva e nos traz, navegando por águas, nem sempre cristalinas, rumo a um novo estilo de vida!

    Parabéns por seu caminho auto-didata! Eu sempre fui do tipo que precisa de professores e orientadores. Sempre pegando na mão dos mestres para que ajudem a iluminar o caminho, vendo suas vidas de perto, fazendo amizade além da sala de aula para aprender a viver.

    O blog está aqui, temperado com experiências e ideias para tod@s!
    Volte sempre! Se alimente! Compartilhe delícias! Seguimos germinando juntas, sementes e ideias vivas!

    Gratidão e carinho,
    Juliana Malhardes

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    Respostas
    1. Juliana,
      que resposta linda!
      Além de postar receitas-delícia, seus textos são incríveis.
      E não sou tããão auto-didata assim...mestres, orientadores, professores, instrutores são fundamentais para mim também...só comecei desse jeito, meio torto, porque eu não estava morando no Rio e onde eu estava não havia nada. Ou era isso, ou não era.
      Mas muito obrigada pelo (com)partilhar!
      Beijos

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  3. Olá, Cricri!
    Gratidão por seu carinho.
    Deve ser porque eu realmente gosto do que faço e faço o que realmente gosto.
    Gosto de escrever, de fazer comida, de comer bem, da web e de conversar! Creio que juntei tudo isso no meu trabalho. Fico muito feliz quando sinto que estou realmente comunicando algo que pode ser um caminho bom pra quem passar por aqui ou por onde quer que a vida me leve.

    Pois é, pimentão vermelho é meio torto e nem por isso deixa de ser gosto, não é mesmo?
    O caminho é sempre o caminho, cada um chega pelo seu, único!

    Seguimos germinando sementes e ideias vivas!
    Gratidão por sua visite, volte logo e sempre!

    Bjins

    Juliana

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Com carinho,
Juliana