Gente, tem dia que eu penso que tô trash (risos)! Desde ontem tô assim, com essa coisa de comer “Íscas de Fung Acebolado”. Ontem eu ainda carreguei num tempero chileno super apimentado que ganhei de uma amiga, a Macarena. Uau, tava bom de arder! “Emburaquei” atracada num sadubão maravilhoso de pão essênio (de trigo germinado) recheado com “carne de mentirinha” rs… (foto). Não coloquei nem um brotinho, nem uma folhinha de alface, nada verde, …rs, comi conscientemente assim, “ogramente” assim, feliz assim lá prás 22hs! Vê se pode? Normalmente depois da yoga da noite eu como no máximo uma fruta, até pensei no caqui, mas não segurei. Vá saber!
E essa “coisa” continuou hoje. Como jantei sozinha, sobrou Funghi hidratando na água desde ontem. Consegui comprar Algas do Ceará e pensei: Fung Acebolado (agora com pouquíssima pimenta) pra acompanhar um Macarrão de Algas ao Alho e Óleo! E comi de sorrir, sozinha e contente! heheh O dó! Hehehehe...
Estou atenta aos hábitos e fico me perguntando o porque desses dias em que eu quero tanto comer assim “ogramente”…rs Vegetariana a quase 10 anos, estou tranquila em relação a minha escolha de caminho, mas ainda tenho essa coisa de memória afetiva com essa forma assim e adoooro. Sei lá, fiquei pensando que podia ter a ver com o aulão de yoga pra soltar as emoções, vá saber o que tenho aqui pra liberar, né? (Risos)
Tô falando assim, mas não me impressiono com essas coisas não, afinal Culinária Viva é isso, brincar de comidinhas que queremos mudar os “efeitos”, né? E respeito a ideia da MEMÓRIA AFETIVA, o ingrediente afetivo daquilo que nos alimenta, o amor que comunica através da forma e do sabor. Que nos remete a pessoas, lugares e momentos que nos encantam. Pra mim por isso a Culinária Viva é tão importante, através dela recriamos afetos fundamentais que ajudam a tornar sustentável nossa mudança de estilo de vida e hábito alimentar.
Comer aquele pão cheio de molho, cebola e tomate tudo meio marrom me levou lá nas panelas da minha vó! Pense! Viajei no tempo, nas memórias da época que em casa a gente “roubava” o molho da panela molhando o miolo do pão francês. E minha vó e a cozinheira ficavam bravas reclamando comigo, meu pai e minha tia, dizendo raivosas que “era falta de respeito” que na hora do almoço não ia ter molho pra comer. Elas tinham razão, mas a gente sempre fazia. E nada disso parecia ter importância realmente. Acho que tô com saudade deles. :)
Bjins
Receita da “Carne Acebolada de Mentirinha”
Ingredientes:
2 xícaras de cogumelo funghi seco
Cebola
Tomate
Shoyo
Azeite
Preparo:
Lave e deixe o cogumelo de molho em agua filtrada por pelo menos ½ hora. Pique o tomate e cebola e reserve. Escorra a agua, drene ao máximo a água do cogumelo apertando entre as mãos. Pique no tamanho e na forma da sua memória afetiva, tempere com bastante shoyo e aperte com as mãos pra impregnar bem. Acrescente cebola fatiada e tomate picado, misture com as mãos pra ficar tudo meio molhado marrom, como se fosse acebolado mesmo. Amorne em fogo mínimo, com a mão dentro da panela para controlar a temperatura. Sua mão é termômetro da vida, mexa sem parar. Quando estiver bem morninho, tire do fogo acrescente o azeite e misture novamente. E pronto!
Bom apetite vivo!
Gratidão: ao meu amigo Bruno Fernandes por sua receita, fonte de inspiração dessas adaptações!
Fotos: Juliana Malhardes – CulinariaViva.com
tem uma cara ótima...salivando aqui com essas fotos e bastante interessada em entrar nesse universo vivo
ResponderExcluirMaravilha!!! Seja muito bem vinda!!! Não faltam recursos para compartilharmos!
ExcluirQual o nome dessas algas???
ResponderExcluirNão são algas, é cogumelo seco. Funghi.
Excluir